Foi aprovada a primeira autorização de teste para conexão direta entre satélites e celulares (Direct-to-Device/D2D), um marco que será realizado entre a operadora Claro Brasil e a operadora de satélites Lynk durante os meses de maio e junho de 2024. Este teste representa um avanço significativo no mercado brasileiro de redes móveis.
Para os testes, serão utilizadas as frequências na faixa de 800 MHz da operadora brasileira, permitindo que um celular tradicional se conecte a um satélite, possibilitando a comunicação com qualquer outro aparelho em rede terrestre tradicional.
Mas qual é o impacto disso no futuro?
Com a nossa dimensão continental, os desafios de cobertura de rede são enormes. Como mencionei em um post anterior (https://lnkd.in/dd2D9axF), mais de 14 milhões de pessoas e quase 38 mil quilômetros de rodovias federais não possuem cobertura de rede móvel.
O uso de redes NTN é uma das melhores formas de ampliar a cobertura de rede para atender áreas remotas onde a infraestrutura terrestre é precária, inexistente ou economicamente inviável.
A conexão existirá em áreas onde a operadora não tiver cobertura, como se estivesse em "roaming" mas agora conectado via satélite.
Além disso, é uma solução para fornecer conectividade durante desastres naturais. Nos recentes incidentes do sul do Brasil, muitas pessoas estavam com bateria nos seus celulares, mas as torres terrestres estavam indisponíveis.
Sem contar que o NTN é um grande habilitador de novas aplicações e serviços com o IoT_NTN e até um mecanismo de migração de IoT em 2G e 3G para uma tecnologia mais moderna.
A implementação da tecnologia D2D via NTN no Brasil tem o potencial de revolucionar o cenário da conectividade móvel, impulsionando o desenvolvimento social e econômico, a inclusão digital e a inovação em diversos setores.
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