Não é novidade que o mercado brasileiro de banda larga fixa é extremamente competitivo. Diariamente, observamos um mercado interno inundado de diversas alternativas de redes e operadoras, além de uma acirrada guerra por planos e preços.
Hoje, no Brasil, precisamos agrupar os acessos de 170 operadoras para atingir 80% do mercado de banda larga fixa.
Esse é um cenário bem diferente do que observamos globalmente:
◼ Na Espanha, quatro operadoras concentram 80% do mercado.
◼ No México, quatro operadoras concentram 80% do mercado.
◼ No Uruguai, uma operadora concentra 80% do mercado.
◼ No Chile, cinco operadoras concentram 80% do mercado.
◼ Em Portugal, três operadoras concentram 80% do mercado.
◼ Nos EUA, doze operadoras concentram 80% do mercado.
◼ No Equador, quatorze operadoras concentram 80% do mercado.
◼ Na Inglaterra, quatro operadoras concentram 80% do mercado.
O que tornou o mercado brasileiro tão competitivo?
O mercado brasileiro dos anos 2000 era complexo, vindo de décadas operando através de uma companhia estatal. O resultado? Um país com pouca cobertura de rede (apenas nas grandes cidades e áreas urbanas), qualidade ruim (grandes problemas de disponibilidade e velocidade) e preços altos. O Brasil chegou a ser o segundo país com a internet mais cara do mundo.
Essa foi a tempestade perfeita para o início do ciclo de competitividade que vivemos hoje, ciclo esse iniciado, operado e atualmente dominado pelos pequenos provedores, alguns dos quais não são mais tão pequenos hoje.
Imagine se os provedores não tivessem encarado esse desafio. Como estaria a banda larga fixa hoje no Brasil?
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