José Felipe Ruppenthal
O acesso à internet via rede móvel na América do Sul ainda apresenta um cenário de desigualdade continental, com países em diferentes estágios de desenvolvimento e velocidades médias que variam consideravelmente.
Análise da velocidade média:
◼ Três países (Bolívia, Paraguai e Peru) não apresentaram melhora na velocidade média nos últimos 12 meses, com uma pequena variação negativa.
◼Os outros 9 países apresentaram crescimento, alguns exponencialmente e outros de forma mais modesta.
◼ Apenas 2 países (Brasil e Uruguai) possuem uma velocidade média superior à média global (51,16 Mbps de download e 11,37 Mbps de upload), entre os 143 países medidos pela Ookla.
◼O Uruguai se destaca com a maior velocidade média da região (76,69 Mbps), seguido pelo Brasil (53,09 Mbps).
Análise do crescimento percentual:
◼O Uruguai também lidera o ranking de crescimento percentual nos últimos 12 meses (98,4%), seguido pela Venezuela (80,6%) e Brasil (44,0%).
◼Os países com menor crescimento percentual foram Bolívia (-0,1%), Paraguai (-0,4%) e Peru (-0,9%).
Fatores que explicam as disparidades:
◼Políticas de telecomunicações: países com políticas regulatórias favoráveis à competição e investimento tendem a ter melhor desempenho.
◼Investimento em infraestrutura: a construção e a modernização das redes de comunicação móvel são essenciais para aumentar a velocidade e a qualidade da internet.
◼Adoção de tecnologias emergentes: a migração para o 4G e o 5G, por exemplo, pode impulsionar significativamente a conectividade móvel.
A América do Sul ainda tem um longo caminho a percorrer para alcançar a igualdade no acesso à internet via rede móvel. É necessário que os países da região adotem políticas públicas que incentivem o investimento em infraestrutura, a competição entre as operadoras e a adoção de tecnologias inovadoras, algo que vem acontecendo na rede fixa.
Nesse post você pode ler sobre a evolução na banda larga fixa: https://lnkd.in/dh5tWvuh
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