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Já encontramos os remédios para superar os desafios de estender a conectividade móvel ao país?

Atualizado: 26 de out. de 2023


José Felipe Ruppenthal




Apenas quatro países no mundo possuem uma área territorial maior do que o Brasil: Rússia, Canadá, Estados Unidos e China.


Todos esses países enfrentam desafios para cobrir todo o seu território com rede móvel, incluindo áreas remotas e inacessíveis, diferentes tipos de terreno e populações dispersas.


Como resultado, esses países enfrentam grandes batalhas para garantir que todos os seus cidadãos tenham acesso à inclusão digital, alguns mais avançados, outros menos.


E como está a situação no nosso país?


1) Atualmente, 7.155 localidades (IBGE) não têm cobertura de rede móvel, independentemente da tecnologia (5G, 4G, 3G ou 2G)


2) Mais de 15,52 milhões de pessoas não têm acesso à conectividade móvel em suas residências


3) Nas áreas rurais, 47,50% dos moradores não têm cobertura de rede móvel, enquanto nas áreas urbanas esse número é significativamente menor; apenas 0,38% não possuem cobertura


4) Além disso, mais de 31 mil quilômetros de estradas federais (31,15%) não contam com cobertura de rede móvel, o que representa uma lacuna significativa na conectividade do país


E os remédios já existem?


Sim, temos remédios oriundos do leilão do 5G que devem melhorar a cobertura e a qualidade da rede, inclusive para tecnologia 4G/LTE.


Algumas operadoras assumiram compromissos significativos para transformar esse cenário, tais como:


A) conectar 7.430 localidades com 4G ou tecnologia superior


B) atender 2.349 trechos de rodovia com 4G, totalizando 35.784 Km


C) conectar 530 sedes municipais com backhaul de fibra óptica, totalizando 17.615 Km de fibra instalada


D) investimento de R$ 3,1 bi para conectividade das escolas



O nosso grande desafio é acelerar essa jornada, pois a inclusão digital no Brasil é um desafio que precisa ser enfrentado.


O governo e as empresas de telecomunicações precisam trabalhar juntos para garantir que todos os brasileiros tenham acesso à rede móvel, independentemente de sua localização ou condição social.


É hora de pensar em soluções práticas para acelerar isso e fazer com que mais pessoas possam se beneficiar desse desenvolvimento.





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